Por Bruna Dias
É incrível ver a crescente adesão de mulheres motociclistas dia a dia, mês a mês, ano a ano! E com as crianças, o cenário não foi diferente, afinal, essas garotinhas já nasceram EMPODERADAS e pilotando SUAS VIDAS e SUAS MOTOS!
Não é coisa simples não, elas são pilotos profissionais e estão fazendo sucesso nas redes sociais e nos campeonatos juniores. Vamos conhecer um pouco mais sobre essas mini maravilhosas que tivemos o prazer de entrevistar!
Pelo #ElasPilotam eu conversei com algumas das meninas que estão escrevendo a história do motociclismo Brasileiro. Abrimos com a pequena Alice Matos, de 9 anos, e piloto profissional de motovelocidade.
ALICE MATOS
9 anos, piloto de motovelocidade. Natural de Belém (PA), mas hoje reside em Curitiba (PR).
Começou a pilotar com 4 anos de idade, e aos 8 anos começaram os treinos profissionais.
1ª moto: Ferinha 49 cilindradas - 2 tempos (automática/ sem embreagem)
2ª moto: TR50 Pró Tork (semiautomática)
Já passou para 160 cilindradas e hoje treina na R3 320 cilindradas, do pai Fabrício Matos.
#ElasPilotam (Bruna Dias): Me conte um pouco de como foi que você se apaixonou pelo mundo do motociclismo…
Alice Matos: Começou quando começamos a assistir juntos as competições. Aí surgiu a ideia de que eu começasse a pilotar. Quando comecei a pilotar, gostei, continuei, até que foi virando algo bom de fazer.
Fabrício Matos (pai): Eu já era piloto de Track Day, gostava de praticar aos finais de semana. Sempre tive moto e desde que a Alice era bem pequena já dava algumas voltinhas com ela e quando ela cresceu eu a levava nos passeios.
#ElasPilotam: E como, de fato, o motociclismo entrou na sua vida?
Alice: A moto entrou na minha vida quando eu tinha 4 anos, mas aprendi aos 8. Eu comecei a aprender mesmo, profissionalmente, quando eu tinha 8 anos.
Fabrício: No ano passado começamos a acompanhar o Super Bike Brasil e foi lá que descobrimos que tinha uma categoria para crianças. Como ela gostava, comecei a trabalhar essa ideia com ela e então ela começou os primeiros aprendizados onde morávamos, em Belém do Pará. No Super Bike era aquela festa, né. A Alice entrava nos boxes, ficava pra cima e pra baixo tietando. Era praticamente o xodó da Yamaha. A gente viajava, fazia o mínimo de turismo possível e ficávamos sexta, sábado e domingo no autódromo acompanhando tudo.
#ElasPilotam: No começo a Alice se interessava em ir mais adiante, como profissional, ou apenas gostava de assistir as competições?
Fabrício: Não, no começo ela achava bacana, mas não demostrava que queria ir a fundo. A Alice começou a se divertir na moto, depois que ela entendeu determinados princípios de segurança, de saber fazer uma curva. No começo ela dizia: ‘eu nunca vou conseguir fazer isso’.
Alice: No começo eu era a menina que entregava os troféus, e, como diz o meu pai:
você passou da menina que entregava o troféu para a menina que passou a correr atrás deles.
A história dessa dupla, Alice e Fabrício, ainda vai muito além. O pai, inspirado e determinado com o objetivo e vocação da filha, deixou o emprego onde trabalhava como marketing em uma empresa de medicamentos, para ser motorista de aplicativo, assim teria tempo livre para auxiliar Alice nas orientações, nos treinos e acompanhá-la nas viagens.
A moto Yamaha R3, que era de Fabrício, hoje está adaptada para o uso de Alice nos autódromos. A primeira competição oficial de Alice está próxima de acontecer, no Super Bike Júnior Cup, em Interlagos.
Em breve:
Outras pequenas grandes pilotos aqui no #FuturoMotociclismoBR. Série de entrevistas para o mês de Outubro de 2020. Caso você queira indicar uma mini-piloto pra aparecer aqui no site, manda um email pra gente no contato@elaspilotam.com
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