Por Gabi Hoover
Um dos grandes desafios do portal #ElasPilotam é trazer para você, nossa leitora e seguidora, um conteúdo que esteja diretamente ligado à sua realidade. Falamos de moto, claro, mas do nosso jeito. Porque entendemos que motociclismo enquanto um estilo de vida, vai muito mais além do que as especificações técnicas relacionadas a sua motocicleta.
Veja nossos uploads de Setembro, por exemplo: textos pra te ajudar se preparar para viagens e desafios, pra pensarmos a saúde mental, dica de filme, cuidados com segurança. Enfim, pequenos detalhes que fazem toda a diferença quando olhamos o todo que envolve a vida em duas rodas. E falar sobre motocicletas está na pauta, afinal #nóspilotamos, ou não estaríamos aqui.
Pensar e planejar esse material é um acontecimento a parte. Somos oito colaboradoras com histórias, realidades, interesses, e faixas etárias diferentes. Sem contar que, salvo duas ou três exceções (com a Bruna Wladyka de denominador comum), não nos conhecemos pessoalmente. Um desafio enriquecedor, inovador, mas que não é tarefa fácil. A gente está, literalmente, escrevendo um novo capítulo para o motociclismo feminino no Brasil.
É sobre fazer algo diferente, sobre provocar a conversa, e sobre sermos agentes de mudança. Nas palavras do autor Mark Shayler,
“fazer as coisas melhor não é suficiente, é preciso fazer melhores coisas”*
em "Do/Disrupt/ Change the status quo.
Or become it." - foto.
Penso sobre o significado das palavras “juntas” e “unidas”, e sobre os contextos nos quais as usamos em nossas frases de impacto empoderado. Não tenho dúvida do quanto somos fortes quando estamos juntas, mas a realidade - dura e crua - é de que não conseguimos estar juntas o tempo todo. Agora, a força que vem de estarmos unidas é diferente. A “união” remete a um objetivo comum, independente do caminho que nos leva até ele.
Mais que nunca, é hora de nos unirmos pra fazer que nossa voz seja (continue sendo) ouvida, e que nossos direitos, conquistas, e necessidades sejam garantidos e continuem na agenda. Já basta o quanto a pandemia do Covid-19 tem afetado as mulheres de forma desproporcional em relação aos homens (nem vou entrar nesse assunto). Seja aqui nesse Portal, no motociclismo, ou em qualquer outra area da vida, o impacto de nossa união será muito mais lembrado que a força do nosso grito.
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