Por Cláudia Pombo @pombinha_na_estrada
Revisão editorial #ElasPilotam
Tenho 55 anos, casada com o Newton há 24 anos, mãe de uma linda mulher de 32 anos, a Carolina, e sogra de um motoqueiro muito parceiro, o André. Amo o motociclismo e quase me deixei levar pela idade e parar de andar de moto, mas quando meu genro pediu para eu levá-lo para pegar a moto nova dele, eu não resisti... dei uma volta e a paixão aflorou novamente.
Então procurei uma das motos que eu nunca havia tido na vida, a Viraguinho 250. Comprei a mais estourada e arrebentada que existia e fiz uma restauração inteira nela. Foi um projeto delicioso, que me deu muito prazer. Hoje vendi a Viraguinho e tenho uma MÁQUINA!!!! A shadow 750, moto maravilhosa.
Mas vamos começar do começo, lá pelos anos de 1979, eu tinha 11 anos e minha irmã namorava com um cara que tinha uma TT 125 da Yamaha, eu sempre ficava subindo na moto e pedia pra ele ligar e eu ficava acelerando. Até que um dia, ele me disse que iria me ensinar a andar. Fomos para a garagem do prédio, e em 2 minutos já estava eu, dando voltas e mais voltas, assim, todos os dias eu pedia para dar uma voltinha.
Os anos foram passando e quando eu tinha uns 17 ou 18 anos, meu padrinho comprou uma Duty 125 da Honda. Ele tinha um sítio, e eu todos os finais de semana ia pra lá, pegava a Duty e ficava andando nas estradas de terra. Me casei com 21 anos e compramos uma XLX 350, eu nem conseguia ligar a moto, pois o tranco que dava no meu pé era muito forte. Então eu só ligava a moto no tranco (hahahahaha é bem engraçado pensar nisso hoje).
Tive minha filha, me separei com 27 anos e abandonei por um tempo a vida de motociclista, mas sempre dava um jeito de pegar a moto de alguém para dar uma volta. Me casei novamente (com meu marido atual) aos 31 anos, e logo que me senti a vontade novamente, pois minha filha já estava maior e tudo mais, comprei uma NX 250 - se não me engano era azul.
Fiquei com ela por um tempo, mas acabei comprando uma Pop Zero, motinho muito boa, mas para mim, parece que falta alguma coisa nela, depois veio a Intruder e mais 16 motos no caminho. Não dá pra falar de uma por uma, né?! Hoje faço parte de um grupo de motociclistas que são como parte da família, os Los Condes Kustom de Jundiaí - SP. Ainda bem que caí nesse grupo que me acolheu e faz meus rolês mais felizes e agradáveis! #sigaloscondes
Meu marido não anda de moto comigo, pois ele gosta de muita velocidade, o negócio dele é moto de corrida, por isso preferimos que somente eu tenha moto. Ele me apoia super e me acompanha de carro, quando quero ir passar o dia com o grupo em algum lugar. Parceiro sempre. Eu e minha filha ficamos mais próximas do que já éramos, pois eu e o gatão (como eu chamo meu genro), fazemos muitas coisas juntos, mexemos nas motos, passeamos, e agora estamos até nos metendo a gravar uns vídeos... Quem sabe sai um canal logo, logo!
Além de andar de moto, amo jogar beach tênis, tomar uma cerveja com os amigos e uma bagunça com as amigas regada a vinho!! Meus 5 dogs, são parte importantíssima da minha vida e do meu marido também, são nossos filhos de 4 patas!! Espero uma hora encontrar com vocês meninas, muito obrigada por me dar a oportunidade de contar minha história, e parabéns pelo trabalho de vocês, pois tem muita mulher, morrendo de vontade de ser livre como nós somos, mas não tem coragem por se achar o sexo frágil! Nós não somos o sexo frágil!
Um grande beijo para vcs!!
Me identifico com você amo moto desde criança, sou um pouco mais nova fiz 50 anos kkk, ainda estou na viraguinho, mas já tive a shaddow 600, bom demais esta vida. E já disse que quando não der para equilibrar em 2 rodas eu mudo para o triciclo.