Por que você pilota?

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É uma pergunta que as vezes a gente nunca se fez, mas é muuuuito legal de se fazer!

Agora que estamos isolados socialmente e mantendo-se em casa, sem poder sair para curtir a moto ou os amigos, vale a reflexão, não acham?

Eu me fiz essa pergunta e pensei:

Pilotar pra mim é terapia, é libertador!

Eu piloto para ser eu mesma! Antes de ter a moto eu tinha outros hobbies e paixões, mas depois ela se tornou um primeiro plano.

Só que nessa reflexão eu também entendi que a moto traz empoderamento para muitos, principalmente para as mulheres.

Traz independência!

Quem é que nunca ouviu falar de alguém que comprou uma motinha para poder ir e vir para onde quiser, sem depender de ninguém?

Essa é a história de muita gente.

Andar de moto é também cultivar amizades, formar grupos de afinidades, participar de moto clubes e reuniões em eventos.

Faz parte desse universo interagir!

Foi nesse momento que eu senti o drama da quarentena. Não estar mais presente no mundo motociclístico, de certo modo, traz um vazio. E ai a pergunta inicial de “Por que você pilota?” deixa de ser simples e se torna mais complexa.

Em tempos de isolamento social, eu piloto para ir ao mercado ou para compromissos do trabalho. Não é mais pilotar livremente. Não é mais o mesmo. Não é mais escolher um destino ou pilotar sem rumo.

Hoje, a realidade é diferente, mas não precisa ser constrangedora, ofensiva ou irresponsável. Fiz a pergunta para alguns seguidores, sobre sair ou não de moto em tempos de COVID-19, a resposta não foi unanime.

Cada um tem seu ponto de vista, mas grande parte aproveita que a motocicleta é um meio de transporte, antes de tudo, e utiliza no dia a dia para “matar um pouco a saudade de rodar”.

No fim, o que descobri é que a alma de um motociclista não vive só de encontros e desencontros e nem mesmo de kms rodados...