Por Simone Maria
Se o amor pela estrada está no DNA, então esse eu herdei do meu pai. Acho que ele nunca pilotou uma moto, mas seja dirigindo um caminhão ou um ônibus, foi na estrada que ele viveu o maior tempo da sua vida. Já a paixão por duas rodas, essa, acredito, veio impressa na minha alma, pois não recordo de ter alguém próximo que tenha me inspirado essa paixão.
Meu sonho de ser motociclista começou quando ainda era menina, mas ficou guardado para o futuro. Um futuro que nunca chegava.
Eu cresci, me tornei mulher, tirei minha CNH, e comprei minha primeira motocicleta, que era o transporte que eu usava para meu dia-a-dia. Mesmo com a moto, ainta não estava realizada. Aprender a pilotar uma moto e ter um documento que permitia isso, era muito pouco perto do que eu sonhava, porque eu queria a moto como companheira de vida, a estrada como caminho a seguir, o vento no rosto como libertação e o horizonte como destino. Sentia como se algo ainda faltasse.
Foi então que conheci uma pessoa que mudou minha vida, e me ajudou a enxergar que meu sonho já estava ali, no presente e não no futuro como eu pensava, eu só precisava dá o primeiro passo.
A força e o incentivo que recebi foram cruciais naquele momento para trazer o sonho para minha realidade. Tomei a decisão de vender minha primeira moto, e comprar uma nova moto, dessa vez um modelo custom, que sempre foi minha paixão. Eu a batizei de “Tempestade”.
O motociclismo trouxe para mim tudo que eu precisava: novos sentimentos, novas amizades, novos lugares.
Me chamo Simone, acabo de completar 40 anos. Não digo que minha vida começou aos 40, mas só agora enxergo que todos os sonhos são possíveis e que basta a gente acreditar e perseverar para vivê-los. Vamos tirar nossos sonhos da gaveta, porque viver é melhor que sonhar.
Quando conheci o movimento #ElasPilotam e lendo a história de tantas outras mulheres, me enchi de coragem e me inspirei ainda mais.
Nota do #ElasPilotam
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